quarta-feira, 6 de março de 2013

até rebentar as artérias

quero falar sem correr o risco de ser mal compreendida. quero mandar te a merda por teres o dobro da oportunidade que eu tenho. está a ficar cada vez mais difícil controlar a raiva dentro do meu corpo. Não matar. Está cada vez mais difícil afastar-me do meu lado animal. Respeito. Destino. São duas coisas que não ligam uma com a outra. Porque é que eu não posso ter tudo  aquilo que toda a gente tem? Estou a perder o que faz de mim. A minha matéria esta a evaporar-se, e eu não consigo controla-la. Estou cansada de merecer sempre menos. O mundo é uma sanita, e as pessoas a merda que bóia sem papel. Quero ver sangue. Apetece-me ver sangue sair do corpo dos monstros que me rodeiam até sentir os seus corpos ficarem frios. Gelados. Sinto-me macabra ao ponto desta imagem me dar vontade de rir. Quero rir-me com a tua morte. Quero sugar todo o ar desses pulmões. Quero aspirar todo o sangue dessas veias. Fazer explodir esses órgãos. Espalhar tudo como um cocktail de mágoa. Quero ver as vossas entranhas expostas como estão expostos os meus sentimentos. Violaram a minha noção de arte. Violaram a sensibilidade que havia em mim. Agora só violência. Cheguei ao ponto sem retorno. Aceito o meu destino sangrento. Abraço-o e defendo-o de todas as morais que me fizeram chegar a ele. Morram todos. Enterrem-me numa ilha deserta. Não me deixei á solta. 

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